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"I wish you were here"

Saudade já não sei se é a palavra certa

Enfim, vamos abrir os trabalhos deste ano por aqui.

Isso mesmo, ESTOU DE VOLTA!!

É, amados, tudo que é bom dura pouco e alegria de pobre também. Peninha.

De qualquer forma, a viagem foi maravilhosa e vocês irão ouvir falar muito dela por aqui.

Adorei pernambuco, adorei os pernambucanos e não irei poupar elogios.
A verdade é que já estou com saudades.

Não que isso seja uma novidade para mim, sou extremamente nostálgica.

Sinto saudades de cheiros, de sabores, de pessoas... ah, as pessoas.

Me recordo da primeira vez que me lembro de ter sentido isso: meu pai se despendindo de nós na rodoviária de Santos. Aquela mão bailando o tchau rodeou meus pensamentos durante todo o final de semana e doeu até a data do reencontro.

Hoje sinto saudades de minha infância, do sorvete de água e do pão de cará, do meu vozinho, de pular elástico, jogar bolinhas de gude no tapete (para não perturbar o vizinho), do fiel cãozinho, da turma da escola, dos amigos da esquina que me esperavam na saída da aula - os mesmos amigos que me levavam para as festas quando meu RG não permitia e, no rodízio, não deixavam que a mocinha aqui exercesse a função dentro do bar -, do violão tocado na praia, da faculdade, dos encontros no Tagarella, do cheiro do barro e das caronas de bicicleta, da coxinha de Pinutcha, do slurp de limão com hortelã, das festas de halloween, da bata amarela.

Sinto saudade imensa de pessoas, mesmo das que estão próximas, das que não conheço, saudade das pessoas que mantém contato apenas virtual... saudade de falar, ouvir a voz, pegar na mão, sentir o gosto, o hálito, o toque, saudade de passar a mão no ombro, no cabelo...

Pior é que a saudade de pessoas se manifesta em mim de um jeito muito objetivo, sei que estou a ponto de "morrer de saudades" quando imagino o rosto e não consigo mais me lembrar do sorriso.

Como dói!

Ainda, descobri outra: passar um tempinho fora também deu saudade do meu canto. Saudades do meu amoroso, da cama preparada com talco, do filtro de barro e da água fresca com sua pedras, do sujinho (senti um pouco de ciúme também), das roupas no varal, dos livros e da cantoria diária.

Mas essa foi a saudade mais fácil de matar.


Canja

"Sentimos saudades de certo momento da nossa vida e de certos momentos de pessos que passaram por ela". Carlos Drummond de Andrade

Um comentário:

  1. É tão bom matar a saudades, né?!
    Mas é bom sentir saudades, ainda mais quando a gente sabe que pode matá-la algum dia!

    Lindo texto!

    Beeeijos!!

    ResponderExcluir

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